UM DIA ESSE MURO CAI!

Não faz sol a mais de um mês em São Paulo. São Paulo, o centro do Brasil, o mundo econômico está aqui. Os mais ricos deste país também. Maiores salários, tudo que uma vida profissional pode te dar.
Mas não é só de dinheiro, carro, sexo, que vive o ser humano, principalmente quando se é julgado pela sociedade menor de idade. Há coisas mais importantes. Amizade, talvez seria a palavra chave para descrever o que a adolêscencia turbulenta vivida por quase todos. Para mim a adolêscencia chegou faz tempo, a turbulência, faz pouco tempo. Como aguentar, falecimento de parente, separação dos amigos, separação dos pais,tudo isso, em 2 anos, calado? Como aguentar um dia estressante com mil e um problemas e ver pessoas reclamando de tão pouco, TÃO POUCO, aí que vejo que meus problemas são passageiros, que minha vida é bela, mas ao mesmo tempo que minha consciência e o pessimismo alheio tentam persuadir minha auto-estima, sem sucesso, para o fracasso.
Lágrimas não escorrem deste rosto mutilado por dentro, mas sorrisos dominam a minha pessoa, e faz com que este rosto se sinta mais confortável.
Trabalhar com a perda é dificílimo, mas depois de tantas perdas passadas, não sei mais se posso sentir dor, se posso chorar, não sei qual será o traço da minha vida, se tenho futuro, não tenho perspectiva de amigos, não sei se todos vão durar, não sei se vão me esquecer. minha vida anda faz um bom tempo uma incógnita.
E isso me faz sentir algo que nunca senti, que eu não costumo sentir, porque eu estou acostumado a sentir pelas pessoas, a dar o ombro, o braço para as pessoas, e hoje eu passo por essas perdas e sinceramente, me apoio em quem?
Tenho, poucos, amigos excelentes, alguns mais antigos, outros começando a se desenhar agora, e sei que posso contar com eles sempre, mas é algo que vai além de amizade, é algo que não tem tradução para as letras, é algo que só o coração descreve. As minhas coisas sempre tem começado e terminado assim, futuro, desejo, vontade; perda, esquecimento, abismo...